segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Aos Combatentes do Ultramar




Quando partiram para a guerra,
Eram tantas as mães e filhos,
Naquele cais a chorar,
Eram tantos os lenços brancos,
Naquele cais a abanar.

Se no mundo há amor,
Nunca deixes de amar,
Nem nunca vos esqueceis,
Dos combatentes do Ultramar.

Eram mães e filhos de corações partidos,
Com lágrimas de sangue a chorar,
Quando viram os seus maridos e filhos,
Ir para a guerra do Ultramar.

Nós temos no nosso Jardim,
Um anjo que foi militar,
Ele tanto rastejou,
Que morreu para nos salvar.

Hoje tenho oitenta e seis anos,
Já não posso contar mais,
Ainda hoje me arrepio,
Quando vi o meu filho,
Ir para a guerra do Ultramar.

Mães de Portugal,
Que choraste noite e dia,
Nunca vos esqueceis,
De lhes rezar um Avé Maria.


Deolinda Costa 89 anos

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