quinta-feira, 25 de março de 2010

A Estrada da Vida




Não me conheço,
Não sei quem sou,
Nem sei de onde vim,
Nem sei para onde vou.

Só sei que nasci,
Sem pedir a ninguém,
Quando dei por isso,
Tinha um Pai e uma Mãe.

Entrei na estrada da Vida,
Encontrei uma encruzilhada,
Não sei se entrei na estrada certa,
Ou se entrei na estrada errada.

Só sei que caminhei,
Sem pensar em mais nada,
Carregando a cruz,
Ao subir a calçada.

A calçada era longa,
Para chegar à estrada,
Vi uma velhinha,
À porta sentada.

Ela pediu-me
Para lhe fazer companhia.
Quando dei por ela,
Era a Virgem Maria.

Estava cansada, ouvi uma voz:
-Dorme querida,
Acabou a estrada,
A estrada da Vida.


Deolinda Cândida da Costa 89 anos

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